Concurso musical Shona

Aconteceu na Igreja que a minha família frequenta um concurso musical, no qual todos os corais das Igrejas Católicas de Harare se reuniram e cantaram hinos Shona. 

A alegria, a dança e o modo como eles cantam me chamam muita atenção. O coral começa a cantar e todos que estão em volta começam a gritar, fazer “barulho de índio”, dançar e dar risada.

Problema de energia

O Zimbabwe enfrenta um grande problema no abastecimento de energia. Todos os dias, tirando o sábado e domingo, a luz cai, e ficamos sem energia de 2 a 9 horas.

No começo era difícil pra mim. Não sabia o que fazer neste tempo e até pensei que iria atrapalhar muito a minha permanência no país. Mas foi só questão de me acostumar. Hoje, quando cai a luz, fico com a minha vela estudando inglês britânico e Shona.

Rotary Club

O meu host club é o Rotary Club Hunyani, o clube mais velho e mais renomado do Distrito 9210. Suas reuniões acontecem no Rotary Centre (Casa da Amizade), na segunda-feira, às 17h30.

A reunião é muito diferente do que as reuniões em Marechal. Eles batem o sino, fazem um brinde ao Rotary International, e é o protocolo quem “comanda” a reunião, e não o presidente. Ao final da reunião um companheiro faz um brinde aos companheiros que têm aniversário e novamente ao RI. Os rotarianos são muito atenciosos e me ajudam no que eu peço aqui.

Missa Shona

Foi o meu maior choque cultural até o momento. Até então eu pensava que seria a comida, mas isso foi até eu ir à Missa Shona. Durante toda a missa, o povo canta, dança e ri. A única coisa ruim é que eu não entendo nada.

As mulheres usam uma roupa específica da Igreja e os homens usam uma faixa sobre a camisa.

Primeira “festa”

Fui a uma festa de formatura, e é muito diferente. Eles foram graduados primeiro, depois teve uma missa Shona, o almoço e daí a festa.

Durante a festa, as pessoas dançam e fazem homenagens para os formandos. O detalhe é que a festa é feita na casa de um dos formandos.

Rotaract Club

No meu segundo dia aqui no Zimbabwe, a presidente, Kim, de um dos Rotaract Clubs de Harare, veio me buscar para eu ir até a reunião deles.

Os Rotaract Clubs são por universidade aqui no Zimbabwe, e a reunião deles é muito diferente do que a do Rotaract Club Marechal Cândido Rondon. É uma reunião curta, na qual só a presidente fala, até a palavra livre.

Hesi Harare

Depois de 18 horas de viagem cheguei em Harare. Logo de chegada no Zimbabwe, pegaram minhas malas, abriram elas e retiraram tudo. Pensavam que eu estava contrabandeando Havainas, Guaraná, roupas e livros. Iriam apreender tudo, se eu não achasse o Taka (oficial de intercâmbio).

Quando estava no Brasil, pensava que a cidade era desenvolvida, quando cheguei vi que ela não era tão desenvolvida como eu imaginava. De acordo com o Wikipédia, Harare teria em torno de 1.500.000 habitantes, mas quando cheguei o Taka me falou que tinha cerca de 3.000.000 habitantes.

É uma cidade de forma desorganizada que é organizada, onde o povo respeita muito o trânsito. Aqui as ruas são mão inglesa, o que é muito estranho.

Tchau Rondon

O meu "tchau" já começou na segunda-feira com a minha despedida...

E continuou na terça...

Até que chegou a quarta-feira, 16 de outubro de 2013. 12 horas, em Foz do Iguaçu, a parte mais difícil da despedida, a família. O último abraço durante um ano.