quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Resquícios dos tempos da inflação

Estava lendo um artigo escrito pelo Felipe Balotin, de Foz do Iguaçu, sobre a inflação no Zimbabwe durante o intercâmbio dele aqui no Zimbabwe há alguns anos. Na época o país vivia a maior inflação do mundo, que chegou aos exorbitantes 98% por dia em 2009. Ela destruiu a economia do país. No artigo, Felipe, que viveu aqui naquele tempo, relata o seguinte:

“Para quem ganha em moeda local a situação é muito difícil. Você recebe o salário no começo do mês e dali a alguns dias já não vale mais nada. Então é tudo muito pensado, muito premeditado", diz ele. Um exemplo: “assim que as pessoas recebem os salários, elas correm para fazer as compras para todo o mês, para tentar evitar a inflação. Se deixar para depois, provavelmente elas não terão dinheiro”. E no caso de produtos cujo consumo é diário, como o pão? “A saída é comprar o máximo possível de uma vez só e depois congelar”, relata. Isso, no caso de esses produtos serem encontrados nas lojas.

O dólar zimbabuano parou de ser usado no Zimbabwe.

Hoje, o dólar zimbabuano não se encontra em circulação pois foi suspenso oficialmente pelo governo do Zimbabwe devido à hiperinflação. São usadas várias moedas, principalmente o dólar americano.
Até ler esse artigo eu não entendia o porquê da minha família guardar tanta comida e congelar tantos pacotes de pães, carnes e outros alimentos que estragam mais rapidamente.
São os resquícios dos tempos de inflação. As pessoas mesmo depois de acabar a inflação, ainda continuam com o hábito de comprar todo o alimento necessário para o mês inteiro.

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